terça-feira, 17 de dezembro de 2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Por entre os pingos da chuva
Chuva
Chuva, caindo tão mansa,
Na paisagem do momento,
Trazes mais esta lembrança
De profundo isolamento.
Chuva, caindo em silêncio
Na tarde, sem claridade...
A meu sonhar d'hoje, vence-o
Uma infinita saudade.
Chuva, caindo tão mansa,
Em branda serenidade.
Hoje minh'alma descansa.
— Que perfeita intimidade!...
Francisco Bugalho, in "Paisagem"
terça-feira, 27 de agosto de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Sempre que o Homem Sonha
SONHOS
Não há cânon para aferir o pensamento
Não me vendam ilusões, não me torturem
A razão, não tem espaço nem tem tempo E ao sonho não há mesas que o curem
Não me queiram moldar, tornar abjecto
Catequizar, robotizar, tornar senil
Não me moldem a razão, nem o dialecto
Sou humano, tenho vida e sonhos mil
Tenho o sonho tão urgente e prematuro
Que outros querem transformar em utopia
De acabar com a ignóbil ironia
De serem outros a decidir do meu futuro
Tenho sonhos do presente e do passado
Tenho o sonho de sonhar quando acordado
Antonio Faria (16/07/2013)
sábado, 22 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
Canção de Ninar
Smile though your heart is aching
Smile even though its breaking
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile with your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
domingo, 14 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Poema
Havemos de ser outros amanhã
ou daqui a momentos ou já agora
e dificilmente reconheceremos o espaço da alegria
em que noutras horas chegámos a nascer
e então meu amor
(não sei se reparaste mas é a primeira vez
que escrevo meu amor)
teremos nos olhos a cor sem cor
das roupas muito usadas
e guardaremos os despojos das noites
em que tudo sem querer nos magoava
nas gavetas daqueles velhos armários
com cheiro a cânfora e a tempo inútil
onde há muitos anos escondemos
um postal da Torre de Belém em tons de azul
e um bilhete para a matiné das seis no São Jorge
onde um homem (que muitos anos depois
segundo me contaram se suicidou)
tocava orgão nos intervalos em que
nos beijávamos às escondidas
e dessas gavetas rebenta a poeira do tempo
que matámos a frio dentro de nós
com os filhos que perdemos em camas de ninguém
e as pedras que nasceram no lugar das cinzas
e havemos de perguntar (mesmo sabendo que
já não há ninguém para nos responder)
por que foi que nos largaram no mundo
vestidos de tão frágeis certezas
por que nos abandonaram assim
no rebentar de todas as tempestades
sabendo que o futuro que nos prometiam batia
ao ritmo das horas que já tinham sido
destinadas a outros e nunca
voltariam a tempo de nos salvar
mas enquanto vai escorrendo de nós o pó
desses lugares onde ainda há vozes
que não desistiram de perguntar por nós
vamos bebendo a água inicial das nossas línguas
um ao outro devolvendo o pouco
que conseguimos salvar de todos os dilúvios
Alice Vieira
ou daqui a momentos ou já agora
e dificilmente reconheceremos o espaço da alegria
em que noutras horas chegámos a nascer
e então meu amor
(não sei se reparaste mas é a primeira vez
que escrevo meu amor)
teremos nos olhos a cor sem cor
das roupas muito usadas
e guardaremos os despojos das noites
em que tudo sem querer nos magoava
nas gavetas daqueles velhos armários
com cheiro a cânfora e a tempo inútil
onde há muitos anos escondemos
um postal da Torre de Belém em tons de azul
e um bilhete para a matiné das seis no São Jorge
onde um homem (que muitos anos depois
segundo me contaram se suicidou)
tocava orgão nos intervalos em que
nos beijávamos às escondidas
e dessas gavetas rebenta a poeira do tempo
que matámos a frio dentro de nós
com os filhos que perdemos em camas de ninguém
e as pedras que nasceram no lugar das cinzas
e havemos de perguntar (mesmo sabendo que
já não há ninguém para nos responder)
por que foi que nos largaram no mundo
vestidos de tão frágeis certezas
por que nos abandonaram assim
no rebentar de todas as tempestades
sabendo que o futuro que nos prometiam batia
ao ritmo das horas que já tinham sido
destinadas a outros e nunca
voltariam a tempo de nos salvar
mas enquanto vai escorrendo de nós o pó
desses lugares onde ainda há vozes
que não desistiram de perguntar por nós
vamos bebendo a água inicial das nossas línguas
um ao outro devolvendo o pouco
que conseguimos salvar de todos os dilúvios
Alice Vieira
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Reflexos
domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
Pelo Sonho é que Vamos
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
sexta-feira, 29 de março de 2013
Na Cruz
-Minha mãe, quem é aquele
Pregado naquela cruz?
- Aquele, filho, é Jesus...
É a santa imagem dele!
-E quem é Jesus? - É Deus!
-E quem é Deus? - Quem nos cria,
Quem nos manda a luz do dia
E fez a Terra e os Céus;
E veio ensinar à gente
Que todos somos irmãos,
E devemos dar as mãos
Uns aos outros irmãmente.
Todo amor, todo bondade!
-E morreu? - Para mostrar
Que a gente pela Verdade
Se deve deixar matar.
João de Deus
Pregado naquela cruz?
- Aquele, filho, é Jesus...
É a santa imagem dele!
-E quem é Jesus? - É Deus!
-E quem é Deus? - Quem nos cria,
Quem nos manda a luz do dia
E fez a Terra e os Céus;
E veio ensinar à gente
Que todos somos irmãos,
E devemos dar as mãos
Uns aos outros irmãmente.
Todo amor, todo bondade!
-E morreu? - Para mostrar
Que a gente pela Verdade
Se deve deixar matar.
João de Deus
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
Abertura
Isto já nem é um desafio. É mais aventura. Outra aventura. Para ocupar a mente e deixar qualquer coisinha que outros possam dar continuidade. No baú repousam trastes velhos e coisinhas cujos préstimos e importâncias residem na exata medida da sua serventia passada.
O pó amarelece, a humidade mancha e o bichito come. Neste espaço sem espaço ficarão guardados, suspensos de um tempo sem tempo.
Ora vamos lá!
O pó amarelece, a humidade mancha e o bichito come. Neste espaço sem espaço ficarão guardados, suspensos de um tempo sem tempo.
Ora vamos lá!
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